Artesanado de Palha de milho, da cidade de Redenção da Serra. Artesã Giselda. Fotografia de Reinaldo Meneguim

Chiba

ic_chibaVersão do fandango no Litoral Norte, compreendendo as modas próprias para os bate-pés, palmeados e os grandes figurados, com acompanha mento de violas. Participam pares e as mulheres só executam os bailados, não os sapateados.

Com origem no litoral norte do estado de São Paulo, a dança Xiba se assemelha a uma dança de quadrilha, de modo que os participantes se organizam em uma formação circular. Também chamada de “dança de roça ao ar livre”, seu ritmo é ao som de violas, violão, pratos, pandeiros, cavaquinhos e até sapateados.

Xiba

XIBA (chiba). Ritmo que sustenta uma dança popular. Segundo o especialista Silvio Romero, em “Cantos Populares do Brasil”, é sinônimo de samba no Norte e de cateretê no Sul, reunindo damas e cavalheiros para dançar e cantar. Para outro estudioso, Guilherme Melo (“A música no Brasil, no Dicionário Hist. Geog. Etn.), a chiba “é uma dança de roça, ao ar livre”, marcada pelo violão, viola de arame, pratos, pandeiros e cavaquinho, cantada e sapateada. Renato Almeida (“História da Música Brasileira”, p. 161), considera a Xiba uma dança de quadrilha rural, no Estado do Rio de Janeiro. No litoral norte de São Paulo, a Biblioteca de Ritmos filmou uma demonstração desta dança. O cantador saudou os presentes e apresentou-se: “Eu não sou mal-educado; eu aqui sou da viola…”.

Dados sobre Xiba

Xiba: dança de origem flamenga executada com tamancos especiais. Faz-se um circulo duplo com as damas por dentro e os cavalheiros por fora. Para essa dança os homens usam tamancos especiais, pesando até um quilo cada pé, e que quando batidos no chão podem ser ouvidos a quilômetros de distância. A marcação da dança é feita por “repentes” para as damas e por “mancado” (batida com tamanco) para os cavalheiros. A palavra “xiba” também pode significar qualquer baile à viola realizado na roça.

Para dançar uma roda de Xiba são usados diversos casais, sempre em número par, oito ou dez, e assim por diante. Em determinados momentos os homens fazem o sapateado e batem palmas, sempre no ritmo da música ditado pela viola. As mulheres participam dos movimentos coreográficos que são formados no decorrer da dança.

O Xiba é cantado em versos tirados pelo mestre da dança e são usados os seguintes instrumentos: viola de dez cordas, cavaquinho, rebeca ou rabeca e adufe (pandeiro). Antigamente os dançadores de Xiba usavam tamancos feitos de pau de laranjeira para ritmar a dança.

Na zona pastoril do Estado de São Paulo é dançado o Cateretê que também é sapateado e palmeado, mas não tem a participação da mulher e os homens usam esporas chilenas para retinir no sapateado. Já o Fandango dançado na região de Ribeirão Grande e Capão Bonito (sudoeste do Estado) usam tamancos e sanfona de oito baixos para marcar o ritmo.

O Fandango em Ubatuba foi muito apreciado até os anos 70 e não havia uma data específica para se dançar. Havia Xiba nos batizados, noivados, casamentos ou visitas da romaria do Divino Espírito Santo. Atualmente o Xiba é dançado na comunidade do Prumirim, ao norte do município.

“Aquela morena ingrata
Não sabe agradecer
Passeia meu bem, passeia
Até o dia amanhecer.”
Benedito Fernandes e Ditinho Alves – Sertão do Puruba

Fandango: palavra que tem origem no latim, FIDICINARTE, e quer dizer tocar lira.

(*) Araújo Maynard Alceu – Documentário Folclórico Paulista 1952 – SP

Xiba dança

Com origem no litoral norte do estado de São Paulo, a dança Xiba se assemelha a uma dança de quadrilha, de modo que os participantes se organizam em uma formação circular. Também chamada de “dança de roça ao ar livre”, seu ritmo é ao som de violas, violão, pratos, pandeiros, cavaquinhos e até sapateados.

Xiba

XIBA (chiba). Ritmo que sustenta uma dança popular. Segundo o especialista Silvio Romero, em “Cantos Populares do Brasil”, é sinônimo de samba no Norte e de cateretê no Sul, reunindo damas e cavalheiros para dançar e cantar. Para outro estudioso, Guilherme Melo (“A música no Brasil, no Dicionário Hist. Geog. Etn.), a chiba “é uma dança de roça, ao ar livre”, marcada pelo violão, viola de arame, pratos, pandeiros e cavaquinho, cantada e sapateada. Renato Almeida (“História da Música Brasileira”, p. 161), considera a Xiba uma dança de quadrilha rural, no Estado do Rio de Janeiro. No litoral norte de São Paulo, a Biblioteca de Ritmos filmou uma demonstração desta dança. O cantador saudou os presentes e apresentou-se: “Eu não sou mal-educado; eu aqui sou da viola…”.

Dados sobre Xiba

Fandango: palavra que tem origem no latim, FIDICINARTE, e quer dizer tocar lira.

(*) Araújo Maynard Alceu – Documentário Folclórico Paulista 1952 – SP

Danças, músicas e grupos folclóricos de Paraty

20 de maio de 2012  |   Filed under: Cultura em foco  |   Posted by: admin

http://www.paraty.com/?p=2602

http://www.paraty.com/?p=2602

Xiba Cateretê – A expressão “xiba”, em Paraty, tem duplo significado; genericamente, designa qualquer baile da roça, “puxado à viola”; em sentido restrito, é o nome de uma dança muito praticada nas roças, atualmente em desuso. Xiba era a dança mais esperada e de maior destaque; assim, não se convidava uma pessoa para um baile, e sim, para uma xiba. Hoje, convida-se as pessoas para uma ciranda, pois o xiba somente é dançado em Tarituba.

Para a dança do xiba, deve-se usar tamancos especiais “de salto de laranjeira, com tira de couro de cabrito, com o pêlo para dentro, para não ferir o pé no sapateado”. A dança é executada com oito ou mais pares em círculo duplo, a dama por dentro e o cavalheiro por fora. O violeiro faz a moda “no repente” e, no intervalo do canto, sai o sapateado. Quem sapateia, batendo em ritmo vigoroso os tamancos contra o chão, são, geralmente, os cavalheiros; mas nada impede que a dama também o faça. Um das regras do folguedo: “Não se pões a mão na dama. Se botar é crime”. O xiba é uma dança difícil, exaustiva e bonita. Caso algum estranho chegue à roda, ele deverá participar para que possa permanecer no local. Um xiba é dançado toda a noite, até o dia clarear, quando, então, se executa a “tonta” — a ave da manhã —, na qual a dama permanece imóvel e o cavalheiro a rodeia, tamanqueando, sem poder tocá-la.

Ocorrência: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

 

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