Artesanado de Palha de milho, da cidade de Redenção da Serra. Artesã Giselda. Fotografia de Reinaldo Meneguim

Romarias

Um traço que se destaca na cultura tradicional em São Paulo são as romarias: a pé, de bicicleta, a cavalo, de charrete, de motos, de carro, em ônibus fretados ou de carreira. Acontecem durante todo o ano apresentando, ciclicamente, grandes picos que chegam a demandar ações especiais dos Departamentos de Trânsito.

Quando a pé os romeiros se autointitulam caminheiros, e seguem sós, em duplas, ou em grupos. Dentre os que seguem sós alguns podem arrastar cruzes por uma distância algumas vezes superior a 100 quilômetros. Há caminheiros que se organizam em grupos que peregrinam regularmente, alguns destes beirando os 50 anos, ou mais, de caminhadas.

São também numerosas as romarias com organizações internas, que chegam a ser complexas em alguns casos, verdadeiras instituições que congregam grande número de afiliados e que peregrinam regularmente, destacando-se dentre estas, as romarias a cavalo, que apresentam maior nível de organização e complexidade, algumas delas bem longevas e chegando a congregar acima de 1500 cavaleiros. Estas Romarias são, via de regra, uma convergência de expressões culturais com variedade de elementos convergentes (alimentos, indumentárias, sincretismo religioso).

 


“Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida”
(Romaria – Renato Teixeira)

As romarias ou peregrinações parecem ser um fato cultural antigo e comum a povos de motivações religiosas divergentes. Caracterizam-se por viagens, individuais ou em grupos, a lugares sagrados, especialmente quando em visita a uma relíquia. Têm o fim de cumprir um voto (agradecer) ou obter uma graça.

Romeiros na Cidade São muitos e conhecidos os centros de peregrinação que, em todo o Brasil, atraem grande número de romeiros que chegam a pé, de bicicleta, a cavalo, em paus de araras, de charrete, de motos, de carro, em ônibus fretados ou de carreira: Bom Jesus de Pirapora, Iguape, Aparecida (São Paulo), Bom Jesus da Lapa (Bahia), Canindé (Ceará) e Joazeiro do Norte (Pernambuco).

São, via de regra, uma convergência de expressões culturais. A elas se aplica, freqüentemente, o que apontou Cascudo referindo-se àquelas ocorrentes no Nordeste: “… pela variedade de elementos convergentes, danças, cantos, alimentos, indumentárias, sincretismo religioso, sobrevivência de costumes que encontram nestes momentos clima favorável à exteriorização normal”.

Quando a pé, os romeiros se auto intitulam caminheiros, e seguem sós, em duplas, ou em grupos. Dentre os que seguem sós alguns podem arrastar cruzes por uma distância algumas vezes superior a 100 quilômetros.

Há caminheiros que se organizam em grupos que peregrinam regularmente,alguns destes beirando os 50 anos, ou mais, de caminhadas.

Há romeiros fortuitos e grupos fortuitos que peregrinam.Entretanto há grupos regulares com organizações internas que chegam a ser complexas em alguns casos. São as intituladas Romarias.

Dentre estas, as Romarias a cavalo são as que apresentam maior nível de organização e complexidade, algumas delas bem longevas e chegando a congregar acima de 1500 cavaleiros. Outras, mais complexas ainda (caso da Diocesana de Jundiaí, em São Paulo), reúnem ao mesmo tempo grande número de cavaleiros, caminheiros e ciclistas.

Acontecem durante todo o ano, apresentando, ciclicamente, grandes picos que chegam a demandar ações especiais dos Departamentos de Trânsito.

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