Roda de conversa sobre cerâmica com o Figureiro de Taubaté Vagner

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Roda de conversa sobre cerâmica com o Figureiro de Taubaté Vagner

A Roda de conversa com o “Figureiro” Vagner Campos de Taubaté foi umas das atrações do Revelando São Paulo Entre Serras e Águas na quinta-feira, dia 8. Uma bate-papo agradável entre o artesão e os visitantes marcou a tarde no Festival.

A origem desse artesanato vem dos presépios que os Frades da época ganhavam de países como Itália e Portugal e a partir disso estimulavam a população a reproduzir as figurinhas do presépio com barro. Com a popularização das figurinhas, os personagem foram saindo dos presépios e começaram a também retratar o cotidiano, principalmente da vida no interior.

Nascido em 1974, Vagner conta que desde os oito anos já produzia figurinhas de barro. Orientado pela mãe e pela avó, ele sempre teve muito prazer em trabalhar com argila e tem por elas um sentimento de imensa gratidão por tê-lo ensinado essa arte.

A venda desse tipo de artesanato, se não é a fonte de renda principal, muitas vezes ajuda a complementar o ganho dos Figureiros da região. Ele mesmo lembra da infância que, por vezes, ao vender uma peça logo pensava no que compraria em troca. “Quando vendia um carneirinho pensava, vou comprar um pedaço de bolo”, brinca Vagner.

As figurinhas já são peças muito tradicionais, conhecidas pelo Brasil e importadas para o mundo todo. Ele conta que muitas empresas fazem grandes encomendas das peças e foi em uma dessas grandes vendas que Vagner comprou seu primeiro carro.

Hoje Vagner não vive só do artesanato, mas para ao chegar em casa depois de um dia estressante, produzir figurinhas é a melhor forma de relaxar. O artesão não considera um hobby a confecção das figuras, mas sim uma mania.

O artista também falou sobre a “Casa do Figureiro” em Taubaté. Apesar do tempo corrido e com o intuito de promover ainda mais a arte de moldar figuras em prol da conservação da cultura, os figureiros da região atendem aos pedidos de escolas e outras instituições agendando oficinas na Casa do Figureiro, muitas vezes com recursos próprios. Para ele ainda falta auxílio para que os artistas consigam atender a essas demandas e se dedicar somente a produção das figuras.