Novos Valores

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“Cerca de 25% da população dos Estados Unidos já criou um estilo de vida baseado no cuidado e na consciência de que tudo no planeta está interligado. É o que apontam pesquisas realizadas recentemente. Diferentemente do que costumamos imaginar, não é pouca gente que está passando da cultura da cobiça e da escassez para outro tipo de cultura, baseada na suficiência e no cuidado, que são valores fundamentais para a sobrevivência do planeta”, afirma Ervin Laszlo, presidente do Clube de Budapeste, Ph.D. em ciências humanas pela Universidade de Sorbonne, na França, e autor do livro Macrotransição – O Desafio para o Terceiro Milênio (ed. Axis Mundi). Durante uma de suas palestras em São Paulo, o professor Laszlo citou os resultados da pesquisa americana e de outras duas que ainda não foram concluídas na Europa e no Japão. Elas mostram que, desde a década de 60 até o ano 2000, se delinearam três grupos de valores que norteiam atitudes e escolhas.

  • Modernistas são basicamente aqueles que querem ter dinheiro, carreira, status, casa grande. O que mais importa na vida é a eficiência e a velocidade. Trabalho e família são áreas de atuação totalmente separadas. Essa é a mentalidade dominante, pois é a mais difundida. Representa hoje cerca de 47% da população americana. Em 1960, era 45%.
  • Tradicionalistas são os que vivem em cidades menores, de formas bem tradicionais, com mais segurança e voltados para interesses comunitários. Em 1960, esse segmento representava 50% nos Estados Unidos. Hoje diz respeito a 30% da população, principalmente pessoas acima de 50 anos.
  • Criativos culturais expressam a nova cultura da suficiência e do cuidado. Em 1965, eram apenas 5% da população e hoje são 25%. Nos Estados Unidos, são 55 milhões de pessoas voltadas para valores mais humanitários. Segundo Ervin Laszlo, esse grupo é importante para a melhora da qualidade de vida individual e coletiva, pois está em sintonia com a preservação do planeta.

Tem um perfil delineado com base em algumas características:

  • Acreditam que todos os aspectos da realidade e da sociedade estão conectados;
  • Querem criar uma integração entre a humanidade e a natureza;
  • Reconhecem que, sem cultivar valores espirituais, só lutamos uns contra os outros e nos desrespeitamos;
  • Estão buscando uma organização própria, localizada e também global;
  • Estão cultivando menos a competição e mais a conciliação de interesses e as parcerias (entre ramos de negócios, entre culturas, entre homens e mulheres, entre homem e natureza).