São variadas as danças de pares, enlagados ou simplesmente de mãos dadas, em uso em todo o Interior Sul e Vale do Ribeira. Muitas delas guardam ainda nítidos traços de sua origem nobre: provenientes da corte europeia, embalaram os salões da corte brasileira e continuam a animar os nossos bailes e festas populares. E assim com os tchotes (carreirinha, marcado, simples, inglês), com a mazurca (simples e de quatro), com as vaneirinhas, o caranguejo, a palminha e tantas outras.
Danças de pares
São variadas as danças de pares, enlaçados ou simplesmente de mãos dadas, em uso em todo o interior sul do estado, bem como no Litoral.
Quando falamos em danças de pares, é bom lembrar que aconteciam, e ainda acontecem, no contexto dos bailes, momentos em que as comunidades se reuniam para festejar.
Decorrência do estarem juntos. Podiam ser chamados de baile de barraca, baile de empalizado, baile de sítio, fandango, xiba,…
O xiba, no Litoral Norte, além de designar o baile como um todo, tal qual o fandango, pode também ser sinônimo de dança sapateada.
É a moda do sapateado. Então quando tá cantando não sapateia. O violeiro está cantando e o pessoal na roda tá fazendo o balanço. Agora quando chega a hora de sapatear, sapateá né. Tem a roda grande, a hora de bater palma, e dança pra lá e pra cá. Conforme canta, puxa a voz, agora faz aquela fila um atrás do outro, pára cada um em seu lugar e bate palma.
As mulheres batem palmas; executam o balanço, os bailadinhos. As mulher não! as mulher ficam só balançando… aí depois que começa ai as mulher dançam. Os homens faz o sapateado.
Assim finalizavam os mutirões, celebravam casamentos ou aniversários, encerravam, e ainda encerram, o ciclo de reis.
Podem, também, não encerrar nada, ser permanência: é o caso do Sandália de Prata, no bairro do Guaricana, em Iguape. Os caiçaras se juntaram, formaram seu clube (associação), mantêm de forma estável seu espaço, e no mesmo, semanalmente, o fandango/baile.
As modas, executadas por violas brancas, rabecas e acompanhamento de outros cordófonos, continuam sendo as de sítio.
Modas é a designação genérica das músicas que induzem, pelo seu batido ou rasqueado específicos, as possibilidades de dançar enlaçados.
No Litoral Sul são executadas bailadinhos, balanços, dandão, anús,… e, de forma mais esparsa, outras modas variantes aqui ou ali.
Muitas destas danças guardam ainda nítidos traços de sua origem nobre: provenientes da corte européia, embalaram os salões da corte brasileira e continuam a animar os nossos bailes e festas populares.
É assim com os tchotes (carreirinha, marcado, simples, inglês), com a mazurca (simples e de quatro), com as vaneirinhas, o caranguejo, a palminha e tantas outras.
Dança da Palminha
Juntamente com o Caranguejo e a Graciana, entre tantas outras, compunha o que se costuma chamar a suíte do Fandango. Este como sinônimo de baile. Executadas por pares soltos, com uma série de marcas que são coletivas.
Foto:TM – Ribeirão Grande- Baile do casamento do Simeão, 1986:
Fandango no Icapara
Modas de pares enlaçados. Baile de Reis em casa do Sr. Claudino Trude, Mestre da Reiada
do Icapara. Dandão, Chamarrita, Bailado, Varsado, Balanço, entre outras, são modas para os pares
dançarem juntos, como a foto mostra.
Foto: TM – Iguape- Barra do Icapara, dia de Reis 1986
No Litoral Sul e Vale do Ribeira, fandango é a designação para os bailes de sítio, com violas e rabecas. Compreendem uma série de danças valsadas ou bailadas, e as enfiadinhas ou passadinhas (por registrarem figurados grupais) alternadas com partes palmeadas e sapateadas.
Baile/fandango no Sandália de Prata, em Iguape. As modas continuam a ser as de sítio.
Foto: TM 1989
Dança da Palminha
Juntamente com o Caranguejo e a Graciana, entre tantas outras, compunha o que se costuma chamar a suíte do Fandango. Este como sinônimo de baile.
Executadas por pares soltos, com uma série de marcas que são coletivas.
Foto:TM – Ribeirão Grande- Baile do casamento do Simeão, 1986
Ocorrência: Apiaí, Capão Bonito, Itapeva, Itararé, Harare, Ribeirão Grande.
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