Artesanado de Palha de milho, da cidade de Redenção da Serra. Artesã Giselda. Fotografia de Reinaldo Meneguim

Centro de Peregrinação

ic_centrosperigSão Paulo congrega o maior número de centros de peregrinação do Brasil. Afora as três cidades-santuário de grande expressão (Aparecida, Pirapora e Iguape), existem muitos outros com as mais variadas motivações devocionais, procurados, rotineiramente ou em datas especiais, por todos os segmentos sociais. Alguns destes, em que pese a quantidade de pessoas que atraem, chegam a passar quase despercebidos por sua inclusão na rotina das cidades. Outros, ao contrario, quebram essa rotina pelo impacto que causam na vida das comunidades.

Centros de Peregrinação

As fontes oficiais são importantes, e no caso de nossos Centros de Peregrinação, o mais das vezes, estão acessíveis. Sem desprezá-las, priorizamos aqui a história que foi sendo tecida e entretecida, a partir de relatos. História que, por si mesma, se refaz frequentemente, e contribui, ao lado da fé, que é sempre uma adesão pessoal, para o alimento dos fluxos romeiros.

Estes fluxos apresentam peculiaridades em cada um dos destinos:

– Para Pirapora e Aparecida destina-se o maior contigente de puxadores de cruzes, de romarias a cavalo, de ciclistas e motociclistas, além do enorme contigente de caminheiros.

– Para Iguape uma maior diversidade de meios, incluindo-se os pequenos barcos de pescadores, acampantes, arranchamentos (de forma especial de romeiros que provêm do Sul, com caminhões transportando de um tudo para a manutenção de um determinado grupo, que se arrancha no entorno dos veículos), além dos cavaleiros e caravanas de em ônibus.

– A Aparecida, Aparecida do Monte Alto (Virgem Montesina), Castores e a Santo Expedito (a Sudoeste do estado) chegam a pé, de bicicletas, de ônibus, carros, motos, a cavalo, e maciçamente em ônibus fretados em ônibus de linha, provenientes de todo o Brasil.

– As Romarias com motocicletas a Aparecida, são numerosas durante todo o ano, destacando-se que, anualmente, e já de tempos, sempre no 3º final de semana de maio, conflui em Aparecida a Romaria Nacional de Motociclistas. Seguem sempre pela faixa da direita das rodovias.

Assim observamos na Dutra. O entroncamento ou ponto de referência, dos que vêm das bandas do interior, do Sul ou do Litoral Norte de São Paulo e Sul de Minas, é São José dos Campos. Os que vão chegando vão aguardando pelo acostamento.

Em 17 de maio de 1998, tive oportunidade de presenciar, neste ponto, a passagem de sua XXVI edição:

– O comboio segue precedido pela Polícia Rodoviária, seguia sempre pela faixa da direita da Dutra

– Procedências (pelas placas): São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Uruguai e Argentina

– Compareceram 120 mil motoqueiros (segundo informações divulgadas)

– Provocaram um congestionamento de 35 Km

– As máquinas, muitas delas recebem caracterizações individualizadas bem como os motoqueiros pessoalmente. Por fim, pela maravilha das conexões midiáticas, as informações ‘oficiais’ de cada um dos centros de peregrinação estão acessíveis nos sites indicados a cada passo.

Resultado de imagem para Fotos de peregrinações ao Santuário de Tremembé

Romeiros percorrem Via Dutra a pé até o Santuário Nacional de Aparecida (Foto: Carlos Santos/G1)

G1 – Dutra tem campanha para orientar romeiros rumo à Aparecida, SP – notícias em Festa da Padroeira 2015

http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/festa-da-padroeira/2015/noticia/2015/09/dutra-tem-campanha-para-orientar-romeiros-rumo-aparecida-sp.html

Do G1 Vale do Paraíba e Região (*)

Desafios para manter o pé na estrada (a tradição)

Exatamente na região mais densamente povoada, mais industrializada, e onde se localizam as rodovias de maior tráfego no Brasil (a Grande São Paulo, Vale do Paraíba, eixo rio São Paulo, Via Dutra, Rodovia Airton Sena, Rodovia Carvalho Pinto, Rodovia D. Pedro I), exatamente aí se concentra o maior fluxo de romeiros do Brasil, praticamente o ano todo. Alguns com maior concentração em determinados períodos (Quaresma, Semana Santa), e também em datas festivas (Aparecida e os Santuários Cristocêntricos). Os demais em datas determinadas.

Imagem relacionada

1- Pirapora- Pirapora do Bom Jesus

2- Perdões- Bom Jesus dos Perdões

3- Cidade de São Paulo (Frei Galvão e Santo Expedito no Bairro da Luz, e São Judas Tadeu n Jabaquara)

4- Guarulhos (Santa Cabeça e Carpição)

5- Tremembé – Bom Jesus

6 – Aparecida

Importante aqui lembrar que, não importa a procedência, as jornadas acabam por desaguar na Dutra. Essas movimentações costumam se intensificar em quase um mês adiantando-se às datas principais, o que motiva campanhas educativas pelos veículos de comunicação (e são muitos) alocados na região, bem como pelos órgãos que administram as referidas rodovias, buscando evitar acidentes e até mesmo eventuais crimes no transcurso das romarias.

https://pt-br.facebook.com/BasilicaDoSenhorBomJesusDeTremembe/posts/242477772557087

No caso da Dutra, durante a semana santa e também a partir de setembro, quando aumenta a movimentação no acostamento, intensificam-se as ações/campanhas para orientar romeiros, buscando evitar acidentes e outros transtornos durante romarias. A menos de um mês da Festa da Padroeira, o movimento de peregrinos caminhando às margens da Via Dutra (BR-116), em direção ao Santuário Nacional de Aparecida, tem aumentado. Por isso, para evitar acidentes, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a concessionária que administra a rodovia investem em ações de orientação a romeiros e motoristas. A CCR NovaDutra, que administra o corredor, lançou nesta semana uma campanha de segurança, com colocação de faixas, distribuição de 10 mil folhetos a romeiros e 50 mil panfletos a motoristas.

Neles, os romeiros são orientados a caminharem no sentido contrário ao do tráfego e em fila indiana. O ideal é evitar a caminhada à noite, na madrugada ou em dias de chuva. O peregrino ainda deve usar roupas claras e coloridas, se possível com faixas refletivas, para aumentar sua visibilidade para os motoristas.

A Polícia Rodoviária Federal também alerta para os riscos aos quais os romeiros estão expostos durante a peregrinação. “A Via Dutra não é exatamente adequada para as caminhadas a pé, por causa do fluxo intenso de veículos e da velocidade média permitida. O ideal é evitar seguir pelo acostamento da rodovia, andando o mais longe possível da pista”, diz Waldiwilson Santos, inspetor-chefe da PRF no trecho de Taubaté.

A cada período são programadas simulações de atendimentos a possíveis acidentes que envolvem grandes contingentes de pessoal técnico de órgãos públicos e da concessionária. Durante os picos do fluxo de romeiros, ao longo do trajeto, com maior concentração entre Jacareí e Taubaté, grupos de voluntários, incluindo-se evangélicos e membros de outros segmentos religiosos, se organizam para oferecer acolhimento aos caminhantes, montando tendas ou tendo como apoio seus veículos pessoais, em que oferecem lanches, água, um cafezinho, uma cadeira para se reclinar por alguns instantes, cuidados para os ferimentos (as inevitáveis bolhas e distensões), e até massagens.

Romeiros percorreram estradas vicinais rumo à Basílica de Aparecida; grupo saiu de Itaquera no último sábado (9)

Últimamente grupos organizados de romeiros têm buscado redesenhar os trajetos de suas caminhadas, utilizando-se de estradas vicinais, buscando maior segurança e comodidade, ainda que com certo aumento do trajeto. É o que revelou a jornalista Tânia Campelo em reportagem para a Folha – São José dos Campos: Para evitar acidente, devotos mudam ‘rota da Fé’ até Aparecida.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1730556-para-evitar-acidente-devotos-mudam-rota-do-caminho-da-fe-ate-aparecida.shtml

Lucas Lacaz Ruiz/A13/Folhapress

Romeiros percorreram estradas vicinais rumo à Basílica de Aparecida; grupo saiu de Itaquera no dia 9

O grupo de romeiros que há 16 anos sai de Itaquera (zona leste de SP) e segue a pé até o santuário de Aparecida, a 173 km da capital, teve mais uma missão neste ano. Eles testaram uma rota alternativa para os peregrinos que percorrem a rodovia Presidente Dutra até chegar à basílica. O objetivo é reduzir o risco de acidentes, andando cerca de 50 km a mais. Em vez de uma peregrinação de cinco dias, o novo trajeto deverá ser feito em seis. A proposta foi apresentada ao governo do Estado pelo padre Rosalvino Moràn Viñayo, 75.”Foram 220 km, a maior peripécia que fiz na vida. O caminho exige sacrifício e fé, mas pode ser a nova rota para os devotos”, disse o padre.

Ele e mais 160 romeiros saíram de Itaquera à meia-noite do último sábado (9) e chegaram na tarde de sexta-feira (15) a Aparecida. O grupo, que antes passava pelas rodovias Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Dutra, seguiu por estradas vicinais e ruas de terra. Os romeiros cruzaram as cidades de Itaquaquecetuba, São José dos Campos, Tremembé e Pindamonhangaba, entre outras.

“O novo trajeto leva a uma reflexão maior. Passamos por matas e montanhas, ficamos mais perto de Deus”, disse a peregrina Rossênia Kelly Gomes Cavalcante Félix, 35, que participou pela oitava vez da travessia.

Durante o trajeto, os romeiros pernoitaram em pousadas, abrigos improvisados e escolas. Um grupo de apoio forneceu alimentação e água. A romaria de Itaquera, batizada de Travessia da Fé, começou em 2001 quando o padre Rosalvino fez a peregrinação para dar apoio espiritual ao então governador Mario Covas, que morreu de câncer em março daquele ano.

A assessoria do Palácio dos Bandeirantes informou que avaliará o novo trajeto. Se a proposta for aprovada, haverá ações para incentivar a migração dos peregrinos. Entre setembro e outubro, cerca de 6.000 devotos seguem a pé pela Dutra até a basílica.

Dissemos que os fluxos romeiros de diversa procedência desembocam na Dutra. Assim têm registrado reportagens de outras regiões do estado. É o que mostrou a reportagem do G1 Itapetininga e Região, em 20/11/2013:

Cavaleiros fazem peregrinação de 300 quilômetros no interior de SP http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2013/11/cavaleiros-fazem-peregrinacao-de-300-quilometros-no-interior-de-sp.html

Num percurso de mais de 300 quilômetros, percorridos em lombo de mulas e cavalos, 18 romeiros partiram de Itapetininga rumo a Aparecida. Levam 36 animais para que seja feito um revezamento nas montarias. Também integra a comitiva um caminhão com a tralha dos romeiros, outro com comida para os animais e mais um carro de apoio. É o usual para as longas jornadas. Os devotos que seguem marcha têm entre 35 e 70 anos, e cumprirão o trajeto em aproximadamente 15 dias. “Essa viagem nossa não é um passeio. É uma viagem de fé, de peregrinação mesmo”.

Viagem entre Itapetininga e Aparecida deve durar 12 dias (Foto: Reprodução / TV TEM)

O trajeto previsto passa pelos municípios de Tatuí, Boituva, Porto Feliz, Itu, Itupeva, Jundiaí (no Médio Tietê), rumando, a partir daí para a região da Mantiqueira, Atibaia, Joanópolis, Monteiro Lobato, ganhando o Vale do Paraíba, Tremembé, Taubaté, Pindamonhangaba, e, finalmente, Aparecida. Durante os percurso estão programados 11 pousos, além das pausas para almoços e lanches. Ao longo do trecho são muitos aqueles que, por tradição ou devoção, acolhem romeiros com mesas fartas.

Viagem entre Itapetininga e Aparecida deve durar 12 dias (Foto: Reprodução / TV TEM)

Santuário Nacional de Aparecida

Aparecida – Vale do Paraíba

À nossa direita, via-se uma bela cadeia de colinas plantadas de feijão, milho, mandioca e tabaco. Para a esquerda, o vale se alargava até alcançar a Serra da Mantiqueira. É uma região encantadora, à qual só falta uma coisa: habitantes. É dominada pela Capela de Nossa Senhora Aparecida, onde reside o capitão-mor. Essa capela foi construída há uns sessenta anos, em parte de pedra, em parte de argila. É decorada, no interior, por afrescos bastante grosseiros e por quadros a óleo. Acorrem para ali numerosos peregrinos, por ocasião do Natal. Chegam sempre a cavalo, levando as mulheres na garupa. O vestuário daqueles agricultores está de acordo com sua vida simples e ocupada: um chapéu de abas largas, que serve de proteção tanto contra o Sol como contra a chuva, o poncho, o casaco, e as calças de calicô preto, botas altas não engraxadas, presas ao joelho por uma correia e uma fivela, uma comprida faca de cabo de prata: tais são os atributos distintivos do viajante paulista. As mulheres também trazem compridos e largos casacos de pano.

Viagem Pitoresca através do Brasil – D’ Orbigny Alcide- Naturalista francês, chegou ao Brasil em 1826

Santuário de N.S Aparecida

A construção do Santuário de Aparecida, um dos mais importantes da devoção mariana no mundo, teve início em 1955. Recebeu no ano de 2011 um total de 10.885.878 milhões de visitantes até 31 de dezembro. Nesse ano, o mês que registrou o maior número de visitantes foi outubro, quando atingiu a marca de 1.235.242 milhão de devotos. Foto- Luís Macedo

Fotos: Wikimedia Foundation

A história de Aparecida teve início em meados de 1717, quando chegou a Guaratinguetá a notícia de que o conde de Assumar, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica em Minas Gerais. Desejosos de obsequiá-lo os maiorais da terra convocaram a comunidade para o preparo dos festejos. Convocaram os piracuaras (pescadores/moradores da beira rio) para que providenciassem o mais abundante e melhor pescado do rio Paraíba. Assim Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram em suas canoas e lançaram suas redes, sem muito proveito. Até que depois de muitas tentativas infrutíferas, descendo o curso do rio chegaram ao Porto Itaguaçu.

Sem muita esperança, João Alves lançou sua rede nas águas, e ao recolhê-la, a mesma pareceu pesar. Em vez de pescado, veio o corpo de uma imagem sem a cabeça.

Depois de várias tentativas no mesmo lugar, conseguiu pescar a cabeça faltante. Surpresos, envolveram o achado em um lenço. E, na sequência, os peixes abarrotaram as redes dos humildes pescadores.

Imagem relacionada

Os pescadores não sabiam que se tratava de uma imagem de N.S. da Conceição. Daí, ao fazerem um oratório em casa, as pessoas falavam de uma santa aparecida no rio. Somente muitos anos depois, por intervenção da Igreja, descobriu-se que se tratava de N.S. da Conceição. Para a sintonia estabelecida com o povo, juntaram-se os nomes: Nossa Senhora da Conceição Aparecida. E o bairro de Guaratinguetá passou a ser conhecido como Aparecida. Até hoje não se sabe como a imagem foi parar no rio.
Foto antiga da imagem sem seu manto.

Durante aproximadamente quinze anos a imagem permaneceu na residência de Filipe Pedroso: alimentando uma devoção essencialmente domiciliar as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. Aos poucos a devoção foi crescendo entre o povo da região, e com as graças alcançadas a fama dos poderes extraordinários daquela “Senhora” foi se espalhando. Por diversas vezes as pessoas, que à noite faziam diante dela as suas orações, viam as luzes de repente serem apagadas, e depois de um pouco voltavam a se reacender, sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas das vizinhanças. E a família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu, que não tardou a se mostrar pequeno. O Santuário de Aparecida tem sido destino de romeiros de todos os cantos do Brasil, bem como ponto de encontro dos mais diversos movimentos e segmentos da Igreja a exemplo da Romaria Nacional da Juventude.

Ficheiro:Vista da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, Aparecida SP.JPG

Dados da edificação

Suas medidas e as quantidades dos materiais empregados em sua construção são sempre superlativas:

Torre Brasília – 100 ms de altura, dezoito andares com o mirante

Cúpula central – 70 metros de altura e 78

Metros de diâmetro

Naves – 40 metros de altura

Área construída – 23.000 metros quadrados

Área coberta – 18.000 metros quadrados

Volume de concreto usado – 40.000 m³

Quantidade de tijolos usados – 25.000.000

Capacidade de acolhimento no interior da basílica – 45.000 pessoas

Área do estacionamento – 272.000 metros quadrados

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Eis que, então, surge nos céus um portentoso sinal: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça. Ela estava grávida e gritava de aflição, pois estavapara dar à luz. … Apocalipse 12

Em sua segunda visita à Basílica, feita no dia 6 de novembro de 1888, a Princesa Isabel ofereceu à imagem uma bela coroa, lavrada em ouro e craveja de rubis e diamantes e o manto azul bordado com fios de ouro e pedras preciosas. Era o cumprimento da promessa feita 20 anos antes, na primeira visita feita à imagem. A partir de então a imagem passou a ser apresentada com sua atual forma piramidal, uma tradição difundida por Portugal e Espanha a partir do sec. XVII.

A celebração foi presidida por Dom José Camargo Barros, com presença do Núncio Apostólico e afluxo de autoridades.

Thiago Leon.

Eis como se apresenta o Santuário, hoje, com as obras internas recém-concluídas para as celebraçãoes do Tricentenário do achamento da imagem.

Pe. Donizetti

A alma de Tambaú

Tambaú, distante 275 Kms da capital de São Paulo, é conhecida até fora dos limites do estado pela devoção ao Pe. Donizetti: está no topo do turismo religioso, um dos destinos mais procurados por romeiros.

Fundada em 27 de março de 1886, e, banhada pelo Rio das Conchas, recebeu o nome original do rio Tambaú – lugar onde há mariscos ou conchas; daí, rio das conchas (Teodoro Sampaio).

No início do século passado (Sec. XX) recebeu significativos contingentes de imigrantes (italianos, portugueses, espanhóis e sírio libaneses), que se fixaram, em sua maioria, como colonos das lavouras de café. De forma especial os italianos.

Aos poucos foram sendo estabelecidas as indústrias cerâmicas (já eram 43 em 1926 e atualmente são mais de 100, com perfis variados) que lhe conferiram o espírito de Capital da Cerâmica.

Hoje, com um pouco mais de 23.000 habitantes, é lembrada no Brasil como a Terra do Padre Donizetti, que, embora tenha nascido em Minas Gerais, chegou à cidade em 1926 e ali permaneceu até a morte, em 16/06/1961.

Como acontece com a rotina de outras cidades que também abrigam centros de peregrinação, o município é um sossego durante a semana.

Já nos finais de semana, a calmaria dá lugar a uma multidão que acorre: aproximadamente 50 ônibus chegam à cidade nestes momentos. Cerca de 30 mil pessoas por mês. Em Junho, o mês de aniversário de sua morte, o número de ônibus salta para mais de 500.

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Pe. Donizetti Tavares de Lima nasceu na cidade de Cássia-MG, no dia 03 de Janeiro de 1882, filho de Tristão Tavares de Lima e de Francisca Cândida Tavares de Lima, teve 8 irmãos. Quando Donizetti tinha quatro anos de idade, sua família mudou-se para a cidade de Franca-SP onde fez o curso primário e foi aprendendo os rudimentos da música. Aos 15 anos foi matriculado no curso preparatório do antigo Seminário Episcopal de São Paulo e depois de três anos cursou o Colégio em Sorocaba, voltando no ano de 1900 para o Seminário.

Ordenado Sacerdote no dia 12 de Julho de 1908 foi em Pouso Alegre-MG, pastoreou várias paróquias em São Paulo e Sul de Minas. No dia 24 de maio de 1926 foi nomeado Pároco da Paróquia Santo Antônio, em Tambaú, onde trabalhou até 16 de Junho de 1961, quando faleceu por complicações cardíacas.

Com propósito de servir a Deus sobre todas as coisas, e “levando vida austera, tinha total zelo pelas crianças e idosos, acolhendo a todos sem distinção”. Possuía grande devoção e fé em Nossa Senhora Aparecida.

Nos meados da década de 50 começou a se propalar a sua fama de homem santo, com muitas curas sendo atribuídas a ele através de sua benção, propagando-se seus poderes de cura. Teve início então a corrida crescente dos que afluem a Tambaú em busca de saúde física e espiritual. Os milagres a ele atribuídos se multiplicam, sem que se consiga determinar como tudo começou. Homem culto, amante da literatura, da música, não tardou em conquistar a confiança da população local, da qual foi conselheiro, médico, advogado e líder absoluto.

Durante muitos anos, a cada dia às 18 horas, sua voz anunciava o Angelus pelas ondas da rádio local. Momento em que as pessoas colocavam um copo com água ao lado de seus receptores para que recebesse a bênção, sendo utilizada em muitos momentos especiais ou rotineiros. Ainda hoje a tradição da água por ele abençoada é mantida em seu túmulo, os romeiros utilizando-a no próprio local ou levando-a para suas casas.

Se ao longo do tempo a rotina da cidade se alterou, na caminhada seus habitantes aprenderam a conviver com os romeiros que chegam aos milhares, das mais distantes regiões do país, ora para pedir, ora para manifestar as graças alcançadas. E estas são atestadas por objetos que ficam expostos na casa que foi sua em vida.

Ao chegar a Tambaú, mesmo o visitante mais desavisado, logo terá conhecimento de Inúmeras histórias atribuídas às bênçãos do padre.

http://www.tambau.sp.gov.br/portal1/municipio/estrutura_administrativa.asp?iIdMun=100135596 – Pe. Donizetti de Tambaú – José Wagner Azevedo

Padre Donizetti do Brasil- Um relato corajoso

Depoimento de Joelmir Beting – Revista do Santuário / Tambaú, SP – Junho/2011

…eu saí do Padre Donizetti, mas o Padre Donizetti nunca saiu de mim.

Aos 7 anos de idade, fevereiro de 1943, fui barrado na matrícula da escola primária. Por minha gagueira quase absoluta. Em desespero, minha mãe apelou ao Padre:

– Por Deus! Fale com a diretora da escola. Deixem meu filho matricular-se assim mesmo!

Nada disso. O Padre convidou-me para sua famosa “janta de quiabo”. A sopa pegajosa e mais nada. Fazia parte do seu voto de pobreza. E deu no que está dando até hoje: nunca mais parei de falar. Ganho a vida falando em rádio, televisão e palestra há mais de 50 anos. Ah! Na “janta de quiabo”, ele falava e eu só ouvia. Na hora do cafezinho – chá de hortelã -, ele ordenou:

– Reze o Padre Nosso comigo, em voz alta.

Rezei em voz alta e nunca mais tropecei na fala. Fui matriculado no dia seguinte.

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Convivi, pessoalmente com o Padre Donizetti. Dos meus 7 aos 17 anos. Um convívio diário, com a graça de Deus. Como coroinha disciplinado e como secretário mais ainda. Ele era um chefe justo, mas durão. Durante as romarias de 1952/1955, já na condição de jovem secretário, respondi por sua correspondência e pelos contatos diários com a imprensa. Eram sacos enormes de cartas por dia. De todo o Brasil e do Exterior. Eram jornais, revistas e emissoras de rádio do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.

Nosso centro de Imprensa estava diretamente ligado à ZYR-70 – Sociedade Rádio Tambaú Ltda. Onde, já aos 16 anos, ganhava meu pão (do Salles) como noticiarista e comentarista.

Ou seja: pelas bênçãos do Padre Donizetti, deixei-me picar pela mosca do jornalismo. Até hoje, em plena atividade multimídia, no Brasil e no Exterior. O detalhe: justamente o Padre Donizetti foi quem me empurrou para o jornalismo, em São Paulo. Primeiro, ordenando-me estudar Sociologia na USP. Segundo dando-me carta de apresentação “a quem interessar possa”.

Foi com ela, em 1956, que abri as portas do “Diário de São Paulo” e, em 1957, da “Rádio 9 de Julho”, emissora oficial da Arquidiocese de são Paulo.

Imaginem minha comoção ao estar presente no dia de sua recente exumação. Chorei e rezei por ele durante dias. Assim comovido passei todo este último dia 31 de maio. Sim, o do 56º aniversário de sua última bênção. Um fenômeno espantoso: mais de 130 mil romeiros na Tambaú de 13 mil habitantes. Num único dia, 10 romeiros para cada tambauense.

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A cidade virou, naquele domingo azul de maio, um caldeirão humano, documentado por toda a imprensa da época. Trabalhei 24 horas por dia no sábado e na segunda. Sobrevoei a cidade e seu entorno, com milhares de ônibus e de caminhões de romeiros estacionados em sítios, chácaras e fazendas. A cidade ficou fechada para veículos em geral. Nela, só era permitido o ingresso de ambulâncias, que mal podiam trafegar no meio da multidão.

No dia seguinte, 1º de junho de 1955, Tambaú amanheceu completamente vazia. Para todos nós, da cidade, foi um choque: o choque do silêncio…

Padre Donizetti tinha os dons divinos da ubiquidade e da levitação, conhecidos por todos nós, de Tambaú, desde os anos 40. A capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, sob o testemunho jurado forte de centenas de pessoas aqui e centenas de pessoas acolá. O que provocava acaloradas discussões nos lares e nos bares de Tambaú.

Padre Donizetti tinha o poder da levitação, presenciado por quase todos, em dois momentos pungentes: no sermão da Sexta Feira Santa e no sermão da Missa de Páscoa. As pessoas entreolhavam-se no ato e não mais se falava nisso.

Sim. Ele tinha tudo para ser um instrumento de Deus, por intercessão da padroeira Nossa Senhora Aparecida. Também ela, com sua imagem milagrosa, salva do incêndio devastador da Igreja Matriz de Santo Antonio.

Era uma figura humana sem paralelo. Sem referência. A um só tempo, manso e severo, erudito e popular, rico de nobreza e pobre de riqueza.

No seu radar católico, apostólico, eucarístico e ecumênico, sempre faiscou mais forte a vida sofrida da gente oprimida. Nas romarias, recebia também evangélicos, pentecostais, islâmicos, budistas…E sempre suspirava fundo, murmurando para si mesmo:

– Estas ovelhas não são do meu rebanho. Mas eu sou o pastor destas ovelhas.

Caminho da Fé

De Tambaú a Aparecida

Da devoção do Pe Donizetti a Maria, de forma especial sob a invocação de Senhora Aparecida, e da devoção a ele votada por tantos devotos e romeiros, surgiu mais recentemente o Caminho da Fé, uma rota de peregrinação inaugurada em fevereiro de 2003, com extensão de 429 Km, que interliga dois importantes centros religiosos: partindo de Tambaú conduz os peregrinos até a Basílica Nacional de Apareida, no Vale do Paraíba, atravessando os meandros da Serra da Mantiqueira, passando pelo sul de Minas Gerais, envolvendo 23 cidades/municípios nos dois estados.

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Tolice focar o Caminho da Fé unicamente pelo viés do incremento do turismo, e melhorias econômicas e sociais, de vária ordem, que viriam a beneficiar as cidades ao longo de seu trajeto. Se é um caminho focado na fé, na peregrinação, difícilmente será um caminho para as massas, para o consumo. E é melhor que assim o seja.

Como acontece com todos esses caminhos, a rota foi se estabelecendo espontaneamente, ao longo de muitas décadas.

https://www.guiadoturismobrasil.com/roteiro/32/caminho-da-fe-sp-mg

Já a inspiração para a sua implementação (como Caminho da Fé) adveio do Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha: o caminho brasileiro foi idealizado por um grupo de Águas da Prata, liderado pelo presidente da Associação Comercial da cidade, Almiro José Grings, que percorreu a trilha européia por duas vezes.

A ele, ao Caminho, se aplica a máxima de que “peregrinar é rezar com os pés”, ainda que peregrinos ou romeiros possam fazer o trajeto por outros meios de locomoção, como tem acontecido. Importante é a clareza da empreitada.

Quanto à idéia da sua criação,  ocorreu após um dos organizadores percorrer por duas vezes o conhecido caminho espanhol.

Imbuído do propósito de criar algo semelhante no Brasil, convidou alguns amigos aos quais expôs seus planos, tendo recebido pronta acolhida dos mesmos. Assim, o trio composto por Almiro Grings, Clóvis Tavares de Lima e Iracema Tamashiro e no princípio ajudado por outros amigos voluntários dentre os quais, a Sra. Aparecida de Lourdes Dezena Cabrelon, deram início aos primeiros contatos com prefeituras e paróquias das cidades por onde passaria a trilha.

No dia 15/08/2003 foi criada a Associação dos Amigos do Caminho da Fé com sede na cidade de Águas da Prata/SP composta por um Conselho Deliberativo representado pelos prefeitos e uma Diretoria Executiva que presta serviços voluntários.

O nome “Caminho da Fé”, para a trilha, bem como o nome “Pousada” que é dado aos locais de pernoite para os peregrinos, foram escolhidos em Assembléia.

Com ajuda de um mapa e partindo de Águas da Prata, foi imaginado um caminho que chegasse até Aparecida privilegiando a rota mais lógica e que atendesse ao perfil peregrino, sem interferência política.

O Caminho da Fé foi inaugurado em 11.02.2003 na cidade de Águas da Prata/ SP.

Dando continuidade, seu traçado poderá sempre ser alterado, visando agregar outras cidades.

São 497 km. dos quais aproximadamente 300 km. atravessando a Serra da Mantiqueira por estradas vicinais, trilhas, bosques e asfalto, proporcionando momentos de reflexão e fé, saúde física e psicológica e integração do homem com a natureza.

Seguindo sempre as setas amarelas, o peregrino vai reforçando sua fé observando a natureza privilegiada, superando as dificuldades do Caminho que é a síntese da própria vida. Aprende que o pouco que necessita cabe na mochila e vai despojando-se do supérfluo. Exercitando a capacidade de ser humilde, compreenderá a simplicidade das pousadas e das refeições. Em cada parada, estará contribuindo para o desenvolvimento econômico e social das pequenas cidades e propiciando a integração cultural de seus habitantes com a dos peregrinos oriundos de todas as regiões do Brasil e  de diferentes partes do mundo.

Para iniciar sua peregrinação pelo Marco Zero do Caminho da Fé, o peregrino pode adquirir a emissão da credencial no quiosque localizado no calçadão da Praça Padre Donizetti ao lado do Santuário Nossa Senhora Aparecida. Caminho da Fé.

Cidades que integram o Caminho da Fé: Tambaú, Casa Branca, Vargem Grande do Sul, São Roque da Fartura, Águas da Prata, Andradas, Serra dos Lima, Barra, Crisólia, Ouro Fino, Inconfidentes, Borda da Mata, Tocos do Moji, Bom Repouso, Estiva, Consolação, Paraisópolis, São Bento do Sapucaí, Sapucaí Mirim, Santo Antônio do Pinhal, Pindamonhangaba, Roseira e Aparecida.

http://www.cambuiadventure.com.br/roteiros/caminho_fe.htm

http://www.caminhodafe.com.br/mapa.html

http://www.caminhodafe.com.br/

Afora o recente roteiro do Caminho da Fé, há outros, menos estruturados, bem mais antigos e consagrados pela tradição, que seguindo paralelamente, têm também na Mantiqueira seu contraforte. Procedentes de diversos pontos do norte do estado, acabam ‘desembocando’ no miolo da Mantiqueira: Joanópolis, São Francisco Xavier (distrito de São José dos Campos), Monteiro Lobato. A grande maioria dos que trasitam continua sendo dos que ‘viajam’ por motivação religiosa. Entretanto são igualmente numerosos aqueles que repetem o caminho, a cada ano, por prazer.

No rumo de Aparecida

Romeiros de São Francisco Xavier seguindo para Aparecida pelos meandros da Mantiqueira, como fazem anualmente.
… o que vale é chegar a Aparecida. Eles vão viajando, parando, trazendo histórias e alegria.

Foto: César Diniz – 2012 (Identificar romeiros)

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No Bonsucesso, bairro do município de Guarulhos, a cada ano, na 1ª segunda-feira de Agosto, uma pequena multidão aflui para agradecer a Nossa Senhora do Bonsucesso as graças alcançadas.

Nossos cartazes focalizam o ritual da carpição, no bairro do Bonsucesso, em Guarulhos, na Grande São Paulo (acontece também em três outros municípios, sempre no mês de agosto). Durante todo o dia as pessoas, provenientes até de fora do estado, retiram de um monte de terra abençoado pelo padre (antigamente era do barranco da igreja), montículos que envolvem em lenços, faixas ou saquinhos de papel. Caminham aplicando a trouxinha sobre a parte em que se sentiram agraciados: sobre a cabeça, no coração, no bolso,… Despejam o conteúdo, pouco adiante, em lugar consagrado pela tradição, e repetem a operação tantas vezes quanto o acertado em promessa.

 

Um traço que se destaca na cultura popular tradicional em São Paulo: as romarias – a pé, de bicicleta, a cavalo, de charrete, de motos, de carro, em ônibus fretados ou de carreira.

Quando a pé os romeiros se auto intitulam caminheiros, e seguem sós, em duplas, ou em grupos. Dentre os que seguem sós alguns podem arrastar cruzes por uma distância algumas vezes superior a 100 quilômetros.

Há caminheiros que se organizam em grupos que peregrinam regularmente, alguns destes beirando os 50 anos, ou mais, de caminhadas.

Há romeiros fortuitos e grupos fortuitos que peregrinam. Entretanto há grupos regulares com organizações internas que chegam a ser complexas em alguns casos. São as intituladas romarias. O que pouca gente sabe, no entanto, mesmo no próprio estado, é que São Paulo congrega o maior número de centros de tradições romeiras no Brasil.

São três cidades-santuário de grande expressão: Aparecida, pequena cidade do Vale do Paraíba, um dos maiores centros de devoção mariana no mundo; no médio Tietê a cidade de Pirapora e no Litoral Sul, na foz do Rio Ribeira, Iguape, ambas de devoção ao Senhor Bom Jesus.

Destaca-se ainda em Tambaú a devoção ao Pe. Donizetti. Há outros centros procurados: Perdões, na região da Mogiana e Tremembé, no Vale do Paraíba, ambas de devoção a Bom Jesus.

Afora os Centros de Peregrinação, “oficiais” os santuários e devoções referendadas pela Igreja, destacamos a grande devoção ao Menino da Tábua, que movimenta a pequena cidade de Maracaí, ao Sul do estado. E chamaremos por fim atenção para 3, dos cerca de 25 túmulos de devoções populares que, todas as segundas – feiras, arrastam quantidades especiais de devotos aos cemitérios da cidade de São Paulo.

No Cemitério do Bairro de Santo Amaro, Bento do Portão, um preto velho sem história definida, atrai devotos no dia a dia. No dia 27 de cada mês, data provável de sua morte, acontece a grande Corrente do Bento do Portão.

Foto: Roney Domingos/G1

Túmulo da Menina Noêmia – Cemitério de Santo Amaro- Zona Sul da Capital

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Túmulo do Bento do Portão – Cemitério de Santo Amaro- Zona Sul da Capital- Foto: site Alma Mística

No Cemitério da Consolação (no grande centro de São Paulo), Antoninho da Rocha Marmo, catalisa uma devoção expressiva, com grande afluxo às segundas-feiras, e a Marquesa de Santos, conhecida de todos os brasileiros, e doadora das terras para a construção do cemitério, possui seus devotos. Ainda que em números modestos.

A parceria do Governo do Estado de São Paulo, através de sua Secretaria de Cultura, com a Abaçaí Cultura e Arte, mostrou-se adequada e inovadora: crescente é o impacto do Revelando São Paulo, hoje reconhecidamente um dos maiores eventos culturais do estado. Programa modelo, vem contribuindo para o reforço da cultura tradicional e a mudança do perfil da cultura oficial no estado, bem como sua inserção nos veículos de comunicação, sem que se façam concessões.

Hoje cresce nos paulistas, de vária origem, a vontade de se reconhecer no expresso pelo poeta:

Sou do tamanho do que vejo !”

Toninho Macedo

Ocorrência: Aparecida (Santuário Nacional de N. Sra. Aparecida), Bom Jesus dos Perdões (Santuário do Bom Jesus), Iguape (Santuário do Bom Jesus), Mairiporã (Santa Cabeça), Pirapora do Bom Jesus (Santuário do Bom Jesus), São Paulo (Convento da Luz – Bairro da Luz – Túmulo de Frei Galvão, Santuário de N. Senhora da Penha – Penha, Santuário das Almas – Ponte Pequena, Santuário de São Judas Tadeu – Jabaquara, Igreja dos Enforcados – Liberdade – Devoção ao Chaguinha, Tambaú (Tumulo do Pe. Donizetti), Tremembé (Santuário do Bom Jesus), Maracaí (Menino da Tábua).

Cemitérios: Araçá (Mãe Felícia), Consolação (Antoninho da Rocha Marmo, Marina Portugal, Marquesa de Santos, Pe. Vitor), Santo Amaro (Túmulos do Bento do Portão), São Paulo (Izildinha), Vila Alpina (Túmulo dos treze mortos não identificados no incêndio do Edifício Joelma).

 

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