Folguedos e Danças – Danças Folclóricas Brasileiras

Danças folclóricas Brasileiras (*) 
Desafio para os pesquisadores 

Toninho Macedo 

– “Dança é a arte que se despe de implementos para se exprimir. É unicamente o corpo que se dá ao movimento rítmico. “(Alceu M. de Araújo) 

Já foi por diversas vezes dito que o gestual foi a 1 a. forma de comunicação do homem. E a dança sua 1a. forma de expressão – expressão essencialmente grupal e circular, oblacional, invocativa ou evocativa. O tempo passou e a função desta dança mudou. Melhor dizendo se diversificou. Se enriqueceu.  

Hoje os homens dançam por espírito lúdico, socializante, extravasamento de alegria, comemoração de vitórias, celebração de fatos. Dança como expressão estética, arte. Mas continuou a dançar de forma oblacional, ritual, homenageando seus deuses e invocando seus antepassados.  

Assim é que se pode observar o universo da dança no Brasil hoje: – Expressões folclóricas/ populares; danças da moda que se divulgam através dos veículos de comunicação de massa e se popularizam, são consumidas e substituídas no tempo estabelecido pela mídia; uma grande gama de expressões estéticas com jeito brasileiro de ser ou sintonizadas com estilos internacionais de dança.  

Neste trabalho, nossas considerações estarão voltadas para as danças folclóricas brasileiras também denominadas danças populares, bem como para o paralelo com as projeções estéticas das mesmas.  

E nele por danças folclóricas/ populares, estaremos compreendendo: –  

– expressões ligadas intimamente à vida das comunidades, aos seus ciclos, aos seus calendários e efemérides; 

– expressões que se apoiam na circularidade – não pressupõem representação, atuação e assistência/ platéia.Todos que se inserem de alguma forma na roda (até mesmo os que se sentam à volta, quando realizados em salões) podem se envolver com a dança se desejarem, desde que devidamente adequados às suas peculiaridades. São do domínio do coletivo, da participação geral, da colaboração espontânea.  

Nelas a música, o canto e o gestual encontram – se perfeitamente interligados. Interativos.  

São do domínio da tradicionalidade, isto é, têm uma dinâmica própria, mais lenta. Transformam – se, atualizam – se, mas fora do ritmo vertiginoso das expressões massivas. (Recuperamos o sentido etimológico de tradição – traditio, onis substantivo do verbo tradere que significa entregar, ceder, transmitir, confiar …). Portanto, seu aprendizado se dá pela interação. “…no seguir do acontecido”, informou, lapidarmente, o agricultor Ciço ao Carlos Rodrigues Brandão.  

Em que se preserva uma grande dose de espontaneidade, que lhes confere fluidez e flexibilidade (ou é delas conseqüência?). E aqui não é demais lembrar que, 

 “onde há povo, quer dizer, onde há vida popular razoavelmente articulada e estável (Simone Weil diria enraizada), haverá sempre uma cultura tradicional, tanto material quanto simbólica, com um mínimo de espontaneidade (grifo nosso) coerência e sentimento, se não coerência, de sua identidade” (Bosi).  

É bom frisar que as danças folclóricas de um lado, existem como expressões autônomas, e a elas se aplicam as observações que acabamos de fazer, e sua essencialidade formal pode ser resumida na citação do caput (alertando, entretanto não se tratar de arte). De outro estão inseridas em formas de expressão mais complexas, sendo, muitas vezes, seu elemento primordial – são os autosfolguedosfolgançasbailados ou danças dramáticas.  

A última, expressão cunhada por Mário de Andrade, em que ficou reconhecido o papel de destaque da dança: “Reúno sob o nome genérico de ‘danças dramáticas’ não só os bailados que se desenvolvem uma ação dramática propriamente dita, como também todos os bailados coletivos que, junto com obedecerem a um tema dado tradicional e caracterizador, respeitam o princípio formal da Suite, isto é, obra musical constituída pela seriação de várias peças coreográficas.” (Mário de Andrade) .

Grupo de pessoas fantasiadas

Descrição gerada automaticamente com confiança média
Moçambique da Vila do Tesouro- São José dos Campos 
Um exemplar de folguedo- Foto: R. Meneguin 

Priorizando ora o elemento dramático, ora o do brinquedo ou o coreográfico como foco da observação, os pesquisadores continuaram utilizando, indistintamente, as várias denominações até que, em 1952 a Comissão Nacional de Folclore resolveu padronizá- la, como bem aponta Rossini Tavares de Lima:   

“E depois de numerosas discussões, foi aceito que por ‘folguedo popular’ se entenderia todo fato folclórico, dramático, coletivo e com estruturação. Dramático não só no sentido de ser uma representação teatral, mas também por apresentar um elemento especificamente espetacular, constituído pelo cortejo, sua organização, danças e cantorias. Coletivo por ser de aceitação integral e espontânea de uma determinada coletividade; e com estruturação, porque através da reunião de seus participantes, dos ensaios periódicos, adquire uma certa estratificação. Seu cenário são as ruas e praças públicas de nossas cidades, especialmente nos dias de festas locais, em louvor dos santos padroeiros ou do calendário.” 

(Posteriormente o próprio Rossini faria uma outra opção por Teatro Folclórico

Entretanto, a denominação mais difundida e aceita ficou sendo mesmo folguedo, como nos informa o pesquisador Roberto Benjamim: 

“Tal como folguedo nenhuma outra palavra será capaz de atender às diversas orientações e ênfases dos folcloristas. Resta portanto adotar a que está se generalizando e tomá – la como um signo lingüístico, desvinculado do seu significado.”  (BENJAMIN, 1989). 

Entretanto, a função da dança inserida nos folguedos, ainda que elemento constitutivo destes, e por vezes primordial, é essencialmente diferente daquela quando praticada de forma autônoma.  

E Roberto Benjamim, como pesquisador intimamente ligado às expressões cênicas, capta bem esta diferença:   

“A característica essencial do folguedo é o sentido de representação. No folguedo o indivíduo assume provisoriamente um ou vários papéis na apresentação, o que não costuma acontecer na dança, onde ele continua a ser ele mesmo…Em razão da sua complexidade os grupos de folguedos são sempre estruturados. A divisão de trabalho e a hierarquia interna ultrapassa o momento da representação. A participação nos grupos exige certa permanência, por isso, os grupos são considerados fechados, isto é, somente participam de forma efetiva nas representações ou seus próprios integrantes. A participação da assistência é de outra natureza. Embora haja este caráter de permanência e os integrantes em geral saibam do seu papel ou papéis, nunca deixam de realizar ensaios.” (Opus cit.) 

Portanto, são folguedos os boi- bumbás, os reisados, os congos e moçambiques nas suas inúmeras variantes, os maracatus, cabocladas e caboclinhos, taieiras e folias de reis, dentre as dezenas que existem Brasil afora.  

São danças o samba, o batuque, o jongo, o frevo, o carimbó, a mazurca …mais de uma centena de títulos.  

Um dado porém é comum a ambas (autônomas ou inseridas em folguedos) – a dificuldade que a sua documentação, o seu registro adequado impõem ao pesquisador.  

Ao percorrermos textos em que, de uma forma ou de outra, se mostrou preocupação com as danças populares, seja no sentido de descrevê-las ou ensiná-las àqueles que nunca as presenciaram, teremos, quando muito, uma descrição das coreografias, mas não do pé de dança.  

Se as palavras podem ser eficientes para descrever os mais variados fatos da vida humana, as figuras musicais são quase suficientes para fixar melodias e ritmos, e o grafismo ajuda a assentar as manobras, os desenhos coreográficos, todos juntos não foram capazes, até o presente, de documentar os pés de danças mais complexos.  

Muitas destas descrições são importantes para entendermos o contexto em que as danças ocorrem, e se antigas, nos ajudam a entender sua dinâmica. Mas…não mostram o “dançar”. Citemos, à guisa de ilustração, e com o devido respeito, Sílvio Romero que observou danças na segunda metade do século XIX:  

“Variadas são as tocatas e as danças. Ordinariamente  porém consiste o baile rústico em sentarem – se em bancos à roda da sala os convidados, e, ao som das violas e pandeiros, pular um par ao meio do recinto a dançar com animação e requebros singulares o baiano ou outras variações populares. O baiano é dança e música ao mesmo tempo. Os figurantes em uma toada certa têm a faculdade do improviso em que fazem maravilhas, e os tocadores de viola vão fazendo o mesmo, variando os tons. Dados muitos giros na sala, aquele par vai dar uma embigada noutro que se acha sentado e este surge a dançar. O movimento se anima, e, passados alguns momentos rompem as cantigas populares e começam os improvisos poéticos.” (ROMERO,1954 ) 

Mas, enfim, onde reside a tal dificuldade?  

Na diferença que se deve estabelecer entre pé de dança (a utilização do corpo) e coreografia (evolução do espaço).  

“Dança é a arte que se despe de implementos para se exprimir. É unicamente o corpo que se dá ao movimento rítmico. “ 

A maioria de nossos pesquisadores, preocupados com os desenhos coreográficos, não haviam se dado conta da mesma. (E no presente muitos ainda não se deram).  

Entretanto Mário de Andrade (até nisto ele tinha que ser grande), ao observar um moçambique em Santa Izabel, SP (em Junho de 33), mesmo não estabelecendo a distinção que vimos fazendo coreografia/ pé de dança, atentou para a dificuldade e externou-a: 

 “A coreografia, sim, era bastante rica – justo pois a parte mais difícil de registrar literariamente. Originalidade de movimentação de pés, muita variedade de transladação e combinação de movimentos coletivos, muita variedade de jeitos de corpo e de valimento do bastão. (Mário de Andrade) 

Deste moçambique Mário fez uma descrição minuciosa de cada “dança”, cada coreografia, ou seja, de cada parte. E atentou para o essencial – cada passo. Observou atentamente as partes do corpo que participavam de cada movimento, (uso ou não dos quadris), as transferências de peso e apoios; buscou relacionar movimento/ ritmo com figuras/ notas musicais e seus valores diversos; flexões de joelhos e angulações ou projeções dos braços …Atentou, em detalhes, para algo subestimado até então. E não nos consta que o tenha repetido em outros momentos, com outras danças.  

Em linhas gerais podemos a questão pode ser assim resumida/ estabelecida:  

– Pé de dança  

Termo tomado emprestado aos terreiros de candomblé, onde é usado, de forma intuitiva, com o sentido aqui empregado. Diz respeito a como o ritmo se inscreve no corpo. Que partes do corpo são utilizadas para no desempenho na dança. Como são utilizados. Como é realizado cada passo.  

– Coreografia  

 Como a dança se inscreve no espaço. Sua dinâmica espacial. Seu desenho espaço/ visual. Suas sequências, ordens de entrada e saída. Rituais. Nas danças populares costumam chamar a isto de manobras. Acrescentam – se os manejos – a forma como implementos (bastões, espadas, manguaras) são usados/ incorporados ao movimento/ dança/ coreografia.  

Se enquanto autônomas as danças, conservam no geral circularidade, quando incluídas/ partes dos folguedos, apresentam configuração em filas e assimilaram a movimentação espacial/ dinâmica da quadrilha francesa e danças de salão européias, com seus figurados. Assim também apontou Mário: 

“A própria coreografia, que era a parte mais interessante do bailado, se vê pelas figurações descritas, que não formam manejos específicos e obrigatórios, mas apenas outras tantas maneiras de mover o grupo, inventadas ad hoc, pelo ensaiador do rancho; e que podem se combinar e desenvolver ao infinito, como as figurações duma Quadrilha”.  

Falávamos em dificuldades para os registros. Mas é bom que façamos distinções: nem todas as danças são desafiadoras ao pesquisador e mesmo aos que pretendem aprendê-las.  

Em linhas gerais podemos afirmar que aquelas danças que vieram na bagagem do europeu e aqui foram assimiladas e transformadas (os xotes, as mazurcas, todas as danças da suíte do fandango do Sul/ Sudeste e da ciranda – aquelas que são calcadas nas danças de salão, na quadrilha francesa), são danças de extremidades – de pernas/ pé e braços/ mãos. O tronco, pouca ou nenhuma participação têm para seu desempenho. São mais fáceis de serem observadas e registradas. Oferecem quase nenhuma dificuldade à sua descrição. São facilmente ensinadas/ aprendidas.  

Na contrapartida, os negros contribuíram com os “elementos complicadores” – e evidentemente os que conferiram maior riqueza às nossas danças – a inclusão do tronco (nos mais variados movimentos de torção, contração, projeção, pulsação/ vibração), das espáduas e da pélvis. Somem – se a isto os ritmos sincopados e tem – se a extensão da dificuldade. Mas também da beleza. E são exatamente as nossas danças de origem negra pelo apontado as mais difíceis de serem registradas/ ensinadas/ aprendidas.  

A adoção do vídeo como recurso técnico resolveu em grande parte a dificuldade de registro para o pesquisador. É possível rever e analisar em casa, em detalhes passagem por passagem. O “slow – motion” possibilita a “decupage” – que facilita uma apreensão diferente daquela possível “no seguir do acontecido”. Mas ao cinegrafista é necessária “sacação”. Se o mesmo possuir envolvimento com a dança, ficará mais fácil.  

Ao lado de nossas danças populares autônomas ou inseridas em folguedos, ligadas intimamente à vida e aos calendários das comunidades, podemos apontar a existência dos grupos denominados para – folclóricos e os balés – folclóricos que se multiplicaram depois da década de 60. A função dos seus trabalhos e atuações, não se confunde com aquela das danças e folguedos em seus contextos originais, como bem indica Roberto Benjamim: 

“São grupos para – folclóricos os organizados nas escolas, clubes sociais e outras associações, com fins educativos, recreativos e de documentação e os grupos profissionais ou semi-profissionais que se organizam especialmente para apresentações para turistas, ou que acompanham shows de conjuntos musicais regionais.” (BENJAMIM,Opus cit 

Acrescente – se que, no geral, os grupos para – folclóricos restringem – se à projeção estética de algumas das danças de suas regiões de origem.  

Ao lado destes, os Balés Folclóricos (denominação adotada internacionalmente) ou Balés Populares, de estruturas mais complexas, caracterizam – se como grupos de repertório, essencialmente cênicos.  

Uns e outros dedicam – se à observação e/ ou pesquisa das manifestações folclóricas/ originais/ rituais, e à sua posterior reelaboração/ recriação cênica. Não devem ser confundidos com os grupos folclóricos.  

A este tipo de atividade artística convencionou – se chamar aproveitamento, reelaboração, aplicação ou projeção estética de folclore. Mas tais denominações só são facilmente assimiláveis junto aos círculos de pesquisadores e especialistas, sendo no geral recebidas com muita estranheza. Necessitam sempre de muita explicação. Sinal de que não conseguem comunicar. Precisam ser revisitadas? 

Por fim, lembramos que o universo do folclore/ cultura popular é dinâmico, e que nem as perseguições e controle de que passou a ser vítima por parte da Igreja e da Reforma  

depois de 1500 (ver Peter Burke), nem mesmo as últimas investidas, massivas ou porta a porta, da “Nova Reforma” (movimentos pentecostais) foram capazes de lhe dar um cheque – mate. Nem mesmo a industrialização e a urbanização, como se preconizava tempos atrás. Pelo menos por enquanto. E, nestes tempos de globalização permanecemos confiantes como muitos dos que nos antecederam: “As danças, um modo geral, nunca desaparecem. 

 Mudam de nome. Há uma corrente de interdependência, de trocas de elementos rítmicos, de posições e nesse aculturamento o velho batismo perde presença e ganha apelido. A permanência rítmica é um dos mais assombrosos fenômenos de persistência na coreografia  

popular” (Cascudo) (3) 

(*)   Danças Folclóricas Brasileiras – um desafio para o pesquisador  

       Trabalho apresentado nos I Congresso Sul – americano da IOF – UNESCO – Ago/95; 

Apêndice  

A dança é também um conjunto de gestos.  

Mas a maioria das danças populares não são simples sequências gestuais e rítmicas, dinâmicas espaciais, mas expressões da vida social das comunidades que as praticam. Expressões sociais e/ou mágico/ religioso. Dança como comunhão dos homens entre sí e destes com a divindade. Assim dançavam os gregos e os romanos. Como também todos os povos antigos. 

Da mesma forma continuam a dançar hoje os homens terra afora neste mundo que se globaliza. 

Os bailes rituais, as danças rituais e populares formam por sí sós, uma categoria. São o reflexo da história cultural de um povo. Nelas os movimentos expressivos se convertem em estruturas simbólicas, que nos dão a chave secreta das emoções coletivas de um povo. Na Europa a dança se reduziu, cada vez mais, aos pés. Entretanto no oriente as mãos têm ainda uma importância igual ou superior. As mãos e os pés são os verdadeiros órgãos rítmicos do corpo que reagem por reflexo à música como pode observar-se facilmente em um salão de baile e o ritmo se comunica inclusive aos pés dos espectadores.  

Diretamente relacionado com o sentido de ritmo está o sentido de equilíbrio e de coordenação de movimento. É difícil separá-los porque todos juntos formam um sistema funcional em que o defeito de um repercute sobre os outros. Sem dúvida as falhas no equilíbrio e na coordenação são muito mais evidentes que a falta de ritmo. Não podem ser dissimulados e no fundo revelam distúrbios emocionais, mentais e nervosos. 

O ritmo dá por assim dizer o acabamento ao movimento. Desenvolve-se somente depois de adquirida a linguagem dos gestos. 

Um bispo sueco se queixou que se cantavam salmos nas cervejarias, ao passo que o consistório de Lausanne ficou chocado, em 1677, ao saber de algumas pessoas que tinham cantado salmos enquanto dançavam. Eles faziam parte tão integrante da vida cotidiana em algumas áreas calvinistas que, quando se procedem o século XIX a uma pesquisa sobre canções folclóricas tradicionais na França, não se conseguiu encontrar nenhuma em Cérvennes. Nesta cultura hunguenote tradicional, os salmos tinham assumido as funções das canções folclóricas, eram usados até mesmo como canções de ninar. Peter Burke 

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Baile de véspera do Casamento do Simeão 

Fandango à moda dos antigo, isto é, baile em que se conjugam os rodeado do fandango propriamente dito, com os bailadinhos e outras danças da suíte.  

Ao centro da roda do fandango, D. Pedra e D. Maria. 

Foto: T. Macedo- Ribeirão dos Nune, maio 1982 

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Pastorinhas de São Luís do Paraitinga 

As pastorinhas são meninas que, bailando e cantando fazem visitas aos presépios domiciliares, montados nas casas durante o ciclo de natal. Por outra, integram-se também, à programação da tradicional Festa do Divino. 

Com entrecho dramático hoje simplificado, estão no limite entre um folguedo e uma pura expressão de dança

Foto: César Diniz – folguedo 

Menina de vestido rosa

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Com seu leva e traz, seus meneios e suas umbigadas, ao som do tambu, do quinjengue, da matraca, guaiá e puíta, mantem-se vivo nos municípios de Tietê, Piracicaba e Capivari. Mais recentemente vem se “reacendendo” o núcleo do Batuque de Barueri. 

Alguns dançadores mais hábeis aproveitam para executar firulas ou manobras no exato momento que antecede a punga, sem perder o passo. 

 Foto: Reinaldo Meneguim 

Quilombolas do Tamandaré 

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Dona Tó  (in memoriam) 

Jongo do Tamandaré 

Os escravos não podiam se comunicar com ninguém, eles não tinham liberdade. Então, quando eles entravam na senzala é que eles iam participar um com o outro. Então, no meio eles faziam a roda de jongo e, ali, cada um cantava o jongo falando o que queria falar, pela canção. Daí, um entendia o que tinha que ser feito. Às vezes o que se passou no dia, o que ia acontecer. Então, um avisava o outro. E, era por meio de ponto de jongo que eram comunicadas as coisas.” 

Dona Mazé (Ma. José Martins de Oliveira). 

Juventude, música e ancestralidade na comunidade jongueira do Tamandaré – Guaratinguetá/SP 
Carolina dos Santos Bezerra Perez.  

Abaixo, na roda do jongo, o China, reconhecido  como cumba (feiticeiro) por muitos jongueiros.

Grupo de pessoas em pé

Descrição gerada automaticamente com confiança baixa

Foto: R. Meneguin 2007 

Mulher com vestido de noiva

Descrição gerada automaticamente
Criança com chapéu na cabeça

Descrição gerada automaticamente
Uma imagem contendo pessoa, no interior, homem, segurando

Descrição gerada automaticamentePessoas andando na rua

Descrição gerada automaticamente com confiança média
Pessoas com instrumentos musicais

Descrição gerada automaticamente com confiança média
Homem segurando um violão

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