Ação Cultural

Cultura, arte, educação – Ação cultural

A conscientização se autentica nesta ida e volta que é, em última análise, a unidade dialética entre prática e teoria, em que aprendemos que a verdadeira paciência não se identifica, jamais, com a espera na pura espera. A verdadeira paciência, associada sempre à autêntica esperança, caracteriza a atitude dos que sabem que, para fazer o impossível, é preciso torná-lo possível. E a melhor maneira de tornar o impossível possível é realizar o possível de hoje?.

Não pode haver esperança verdadeira, também, naqueles que tentam fazer do futuro a pura repetição de seu presente, nem naqueles que vêem o futuro como algo predeterminado.

Paulo Freire- Ação cultural para a liberdade


Quarenta e oito anos de ação cultural

É nesse nicho, o da ação cultural, de cultural que se apresenta a faceta fundamental da entidade, a das atividades programáticas, permanentes, de seu trabalho com a comunidade. Este passa, assim, a ser o capítulo axial desta tese.

Tais práticas ofereceram, e vêm oferecendo no correr do tempo, oportunidade de convivência de donas de casa, cidadãos comuns, crianças e idosos, pessoas com histórias de vida variadas, com artistas de talentos já desabrochados, artistas embrionários e artistas populares. Oportunidade de integração e interação das várias classes e segmentos da sociedade, de várias gerações, numa propositura de diluição ou atenuação da compartimentação social (cegos convivem com cegos, idosos com idosos, os de rua com seus pares,…), que nos tem mostrado um caminho para a decantada inclusão social, como veremos à frente neste capítulo, tão abstrata em tantas discussões que se instalaram bem como em muitos dos discursos oficiais oportunistas e vazios.

Afora isto, esta postura tem auxiliado cidadãos comuns a, através do contacto com várias formas de expressões artísticas e culturais (teatro, música, dança, bonecos,…), descobrirem-se também capazes de criar, de expressarem-se. Têm auxiliado também, através da convivência e interação com padrões culturais e sociais diversos, a mudança de posturas e visão de mundo.

Dessa forma, ao falar em vivências e interação, estarei compreendendo necessariamente construção de conhecimento, de saberes, o que equivale também a dizer construção de identidade


Atividades formativas

Toda ação cultural é ação educativa. Constante e processual.

Seus efeitos duradouros não se fazem sentir de imediato. Daí a importância de atividades formativas, processuais.

Práticas que contemplem a pessoa e que a levem, no seu transcurso, a se assumir como sujeito, e não objeto. Como agente, e não somente destinatário.

Este é o objetivo primeiro deste conjunto de atividades e que visam todos os segmentos sociais, dos artistas aos cidadãos comuns, dos estudantes, às donas de casa, das crianças aos idosos.

Conjunto de atividades modulares que servirão de base para programas com segmentos específicos.

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