“Se para nos libertarmos basta que nos ajudemos a tomar consciência de um fim que nos liga uns aos outros,
procuremos um fim que nos ligue a todos”.
Terra dos homens- Antoine de Saint Exupéry
A participação coletiva
Tudo isso faz parte do pensamento coletivo- pessoas pensando juntas.
Em algum momento, acabaremos por compartilhar as nossas opiniões sem hostilidade, e então seremos capazes de ‘pensar juntos’.
Por outro lado, se apenas defendermos opiniões, não seremos capazes disto, de ‘pensar juntos’.
Um exemplo de indivíduos a pensar juntos seria o de alguém que tivesse uma idéia, outra pessoa a adotasse, mais outra lhe acrescentasse algo. O pensamento fluiria e sairíamos da situação habitual, em que as pessoas tentam persuadir ou convencer umas às outras.
Acredito que se elas percebessem a importância do diálogo, trabalhariam com ele. E quando começassem a se conhecer mutuamente, principiariam a compartilhar a confiança.
Isso pode levar tempo.
No início você apenas entra no grupo no grupo e leva consigo todos os problemas da cultura e da sociedade.
Assim, qualquer grupo é um microcosmo do social: há todos os tipos de opinião, os indivíduos não confiam uns nos outros, as pessoas conversam de modo trivial e, a seguir menos trivialmente.
No começo elas falam sobre questões superficiais porque têm medo de ir além disso. Depois, gradualmente, ocorre a confiança mútua.
In- David Bohm- Diálogo (Comunicação e redes de convivência) –
Ed. Palas Athena
Toninho Macedo